Dia mundial da criança: abuso sexual de meninos e rapazes
Quando se assinala o Dia Mundial da Criança é importante reconhecer que a violência sexual é uma violação grave dos direitos humanos das crianças. Sabemos que um cada seis meninos […]
Quando se assinala o Dia Mundial da Criança é importante reconhecer que a violência sexual é uma violação grave dos direitos humanos das crianças. Sabemos que um cada seis meninos […]
Face à descontinuação da linha telefónica da comissão independente, a associação Quebrar o Silêncio apela à Igreja que faça o reencaminhamento das chamadas para as respostas especializadas de apoio à vítima de violência sexual. O objetivo é que nenhuma vítima fique desamparada e sem apoio.
A Quebrar o Silêncio — associação portuguesa especializada no apoio de homens e rapazes vítimas de violência sexual — publica hoje, 28 de março, dois guias com recomendações para os órgãos da comunicação social. O objetivo é ajudar jornalistas na escrita de notícias sobre violência sexual e a entrevistar vítimas.
Descarregue a versão digital dos guias no site: https://guiaocs.com.
Embora não haja uma dimensão física, o incesto emocional entra num território sexualizado e pode ter uma carga altamente sexualizada. Por este motivo, o incesto emocional é um modelo de relação familiar no qual os pais ultrapassam as fronteiras saudáveis na relação que têm com os filhos, diluindo os limites do que é adequado e desadequado.
Para muitos, o dia do pai pode ser uma data para celebrar. No entanto, para os homens e rapazes que foram vítimas de abuso sexual este dia pode ser extremamente doloroso. A realidade é que na maioria dos casos de violência sexual contra crianças o abuso acontece na própria família, e muitas vezes o abusador é o próprio pai.
As notícias relacionadas com os abusos sexuais na igreja estão a deixar vítimas em crise. A associação Quebrar o Silêncio registou, esta semana, um aumento dos pedidos de apoio relacionados […]
Sabemos que as épocas festivas e o Natal podem ser particularmente difícil para homens que foram abusados sexualmente. Os momentos em família pode implicar ter de conviver com o abusador ou com familiares e amigos que têm conhecimento do abuso ou que podem mesmo ter sido coniventes com esse abuso, e gerar momentos dolorosos e complicados de gerir.
A nossa nova campanha de sensibilização foi apresentada no dia 30 de novembro e estamos muito orgulhosos com o resultado. A campanha conta com um vídeo e com um conjunto […]
A entrada no ensino superior e o início da vida académica é uma fase para muitos vivida com entusiasmo e expectativa. No entanto, a violência sexual contra homens e rapazes no contexto universitário é uma realidade que é pouco falada.
Na verdade, é comum haver casos de abuso sexual em contexto de saídas noturnas, festas de universidade, praxe ou outras atividades e eventos relacionados com a vida académica.
Muitos homens sobreviventes de violência sexual têm dúvidas acerca da sua orientação sexual, questionando-se se esta foi influenciada pelo abuso de que foram vítimas. Estas e outras questões podem gerar […]
A chegada das férias de verão e do calor podem ser um período de descanso e de descontração para a grande maioria das pessoas, mas para homens e rapazes vítimas […]
Chemsex pode ser definido como o consumo de substâncias sexualizadas (nomeadamente GHB/GBL, metanfetamina e mefedrona) com recurso a aplicações de hook up/engate (como o Grindr) e que acontece entre homens que têm sexo com homens (HSH).
A maioria dos crimes de violência sexual contra homens ocorre na infância ou adolescência. No entanto, não podemos esquecer que também há homens que são abusados sexualmente na idade adulta.
Os atuais acontecimentos do mundo, como a guerra da Rússia contra a Ucrânia, gera um clima de tensão, instabilidade e violência, a exposição continuada a notícias e a percepção da vulnerabilidade humana, podem intensificar o sentimento de insegurança, fazendo com que o sobrevivente se sinta ameaçado ou em perigo.
Sabemos que, com o avançar da idade, vários homens sobreviventes questionam-se se valerá a pena procurar apoio. A resposta é sim, mas queremos que saiba que é natural sentir-se indeciso. Independentemente da idade que tem agora, não é tarde para procurar apoio.
Para um homem sobrevivente um relacionamento íntimo e próximo pode ser percepcionado e sentido como algo perigoso e ameaçador. Dias como o de São Valentim podem ser desencadeadores de mal-estar.
Nos primeiros 5 anos, 467 homens e rapazes vítimas de violência sexual procuraram o nosso apoio.
A grande maioria destes homens partilhou pela primeira vez na vida a sua história de abuso, e muitos tinham mais de 30 anos quando nos contactaram, tendo passado cerca de 20 anos em silêncio.
Partilhar com alguém a sua história de abuso pode ser um passo extremamente difícil. Quando a recepção desta partilha é uma experiência positiva, o sobrevivente poderá sentir-se apoiado e encorajado a procurar apoio especializado. Por outro lado, reações negativas de desvalorização, culpabilização ou falta de empatia, podem gerar sentimentos de vergonha e culpa.
Nesta altura das festas reforçamos a importância de poder recorrer a estratégias de gestão emocional e de gestão de ansiedade saudáveis para diminuir o impacto que estas situações possam ter no seu dia-a-dia e reduzir ou evitar o recurso a estratégias menos adequadas ou geradoras de sofrimento. No entanto, se em algum momento sentir que não está a ser capaz de lidar com a sua ansiedade ou que os sentimentos de tristeza ou raiva são mais intensos do que o que tem capacidade de gerir, peça ajuda. A Quebrar o Silêncio está disponível para recebê-lo através da Linha de Apoio 910 846 589 ou do email apoio@quebrarosilencio.pt.
Quando se fala de violência sexual é importante ter em mente como as questões de género afetam a forma como os homens interpretam as suas histórias de abuso e como a visão tradicional do “homem”, ainda presente na sociedade atual, pode ser um obstáculo à procura de ajuda e na superação do trauma.
Ainda prevalece a ideia de que o homem não pode ser vítima de violência sexual e que tem de ser sempre forte e intocável, o que retira espaço para que o homem vitimado consiga identificar-se enquanto vítima desse crime. Do mesmo modo que ainda é esperado que os homens sejam capazes de resolver os seus problemas sozinhos, sem qualquer tipo de auxílio, o que promove o silenciamento dos homens e também que não procurem a ajuda que necessitam.