Segundo o estudo The Sexual Victimization of Men in America: New Data Challenge Old Assumptions dois terços dos homens que denunciam terem sido abusados sexualmente dizem ter sido abusados por uma mulher.
“Obrigado a penetrar” enquanto forma de abuso
Lara Stemple, professora de Lei na UCLA, refere que na sua investigação descobriu que, quando se toma em consideração casos nos quais os homens foram “obrigados a penetrar”, as percentagens são basicamente iguais nos casos onde há um contacto sexual não consentido entre homens e mulheres.
“Obrigado a penetrar” não é algo que se pense de imediato quando falamos de violação ou de abuso sexual, mas as suas consequências podem ser semelhantes e, tal como Lara Stemple, isso está relacionado com “a forma como falamos sobre os homens e sobre o sexo”, apelando à necessidade de mudar essa abordagem. “Quando temos estes preconceitos sobre os homens, torna mais difícil a possibilidade de falarem quando são vítimas.”
Pedir apoio quando a mulher é o agressor
Os casos de homens que são sexualmente abusados por mulheres não são tão raros quanto se pode julgar e acreditar que não acontecem é uma ideia errada e um dos mitos mais presentes na realidade do abuso masculino.
Há casos de homens, por terem sido abusados sexualmente por uma mulher, procuram primeiramente a validação de que o caso deles constitui um caso de abuso, pela razão que o próprio homem muitas vezes não acredita na realidade do que lhe aconteceu.
Quando um homem que tenha passado por este tipo de abuso ouve frequentemente que não foi abusado, que é natural haver “exploração do corpo” e outras opiniões que desvalorizam por completo a sua experiência, o próprio homem pode começar por desvalorizar e a minimizar o que lhe aconteceu. E isso dificulta que o próprio homem se sinta confortável e seguro de pedir apoio.
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