Antes de começarmos, é importante clarificar que violência sexual não é sexo, é crime.
Violência sexual implica o exercício de um comportamento sexualizado, com ou sem contacto físico, sobre a vítima, contra a sua vontade e sem o seu consentimento. Importa salientar que no caso de abuso sexual infantil o consentimento não é possível. Em qualquer contacto sexualizado entre um adulto e uma criança, a responsabilidade é única e exclusivamente do abusador.
Qualquer pessoa pode abusar sexualmente de uma pessoa, independentemente da relação que mantém com a vítima (familiar, amigo/a, namorado/a colega, etc.). O abuso também pode acontecer em qualquer contexto (familiar, escolar, profissional, outros), existindo casos de abuso que ocorrem uma vez (casos pontuais) ou casos de violência sexual continuada no tempo.
Além de crime, a violência sexual é também uma violação grave dos direitos humanos e acontece independentemente da crença religiosa, etnia, cultura, escolaridade, situação económica, idade, classe social, origem, profissão ou orientação sexual quer do homem ou rapaz, quer do agressor ou agressora.
Independentemente do que tenha acontecido, a violência sexual é uma experiência traumática que pode ter efeitos devastadores na vida da vítima.
Estudos indicam que 1 em cada 6 homens é vítima de alguma forma de violência sexual antes dos 18 anos, embora o abuso sexual possa acontecer em qualquer idade.