Procuro ajuda para mim

O primeiro passo está dado

Cada homem sobrevivente que chega até nós é um exemplo de força e de coragem.

Procurar ajuda não é fácil, mas ter encontrado o nosso site e estar a ler este texto indica que pode ter chegado o seu momento para ter apoio e para ultrapassar as consequências do abuso.

Queremos que saiba que não está sozinho.

Um em cada seis homens é vítima de alguma forma de violência sexual.

O primeiro passo está dado.

O segundo passo está à distância de um telefonema para a nossa Linha de Apoio 910 846 589 ou de um e-mail para o apoio@quebrarosilencio.pt. Seja qual for o modo de contacto que preferir, garantimos que será bem recebido, que ouviremos o que tem para partilhar e que asseguramos a sua privacidade.

Sabemos que neste momento pode sentir-se assolado por emoções fortes, pensamentos confusos e sentimentos intensos, mas, independentemente do que esteja a pensar ou a sentir, reforçamos que não está sozinho e que pode contar connosco.

Serviços de apoio disponíveis

Todos os serviços de apoio são gratuitos e confidenciais.
  • Acompanhamento Psicológico (presencial ou via Zoom para qualquer região do país ou fora de Portugal)
  • Grupo de Ajuda Mútua
  • Apoio entre Pares
  • Linha de Apoio (910 846 589)

Se tiver alguma dúvida, se necessitar de esclarecimentos sobre os nossos serviços ou sobre como ter acesso aos mesmos, contacte-nos através do apoio@quebrarosilencio.pt.

Apoio para quem não vive em Lisboa ou Portugal

Se vive fora de Lisboa ou de Portugal (residência temporária ou permanente) pode contactar-nos através do apoio@quebrarosilencio.pt ou da Linha de Apoio +351 910 846 589.

Os nossos serviços de apoio estão disponíveis para todas as regiões de Portugal e para homens portugueses a residir noutro país.

Apoio confidencial

Na Quebrar o Silêncio nenhum homem tem de partilhar a sua história de abuso se isso o deixar desconfortável, nem é um requisito para ter apoio.

Quem desejar fazê-lo encontrará um espaço seguro onde essa partilha será bem recebida e sem juízos de valor.

Para usufruir dos nossos serviços de apoio não é necessário partilhar qualquer informação que não queira. Também pode optar por permanecer no anonimato se desejar. Independentemente da sua decisão, estamos aqui para o apoiar.

Temos como preocupação máxima a segurança e o conforto de quem nos procura, e garantimos um espaço onde todos são tratados com respeito e onde a confidencialidade de cada um é preservada.

Não sabe o que fazer agora?

Marque uma Sessão de Esclarecimento.

Para um homem ou rapaz que foi vítima de violência sexual nem sempre é fácil compreender a sua história de abuso. É comum que tenha questões e dúvidas relativas ao que se passou e sobre seus próprios sentimentos.

Marque uma Sessão de Esclarecimento onde poderá apresentar as suas dúvidas, questões e receios. Muitos homens sentem que a Sessão de Esclarecimento lhes transmite segurança, pois sentem-se validados e ouvidos, compreendem que não estão sozinhos e que os seus sentimentos e questões são partilhadas por muitos outros homens.

Agende a sua Sessão de Esclarecimento através do email apoio@quebrarosilencio.pt ou da Linha de Apoio 910 846 589. Tal como os nossos serviços de apoio, esta Sessão é gratuita e confidencial.

O que pode esperar do apoio?

O apoio psicológico que prestamos tem como objetivo ajudá-lo a sentir-se melhor e a ultrapassar o impacto que o abuso sexual teve e que ainda tem na sua vida.

Durante este processo vai ter oportunidade de esclarecer dúvidas e questões que tenha relativamente ao que aconteceu. Por exemplo, muitos homens questionam-se sobre “Porque é que eu fui abusado?”, “Porquê eu?”, “O que terá motivado o abuso?”, entre várias outras perguntas.

Durante o apoio terá espaço para ver essas questões respondidas e também para desenvolver estratégias para reduzir ou extinguir as consequências da violência sexual.

Cada sessão tem a duração aproximadamente de 50 minutos e a sua frequência é semanal, podendo esta ser alterada conforme necessidade e avaliação realizada pelo sobrevivente e psicóloga.

O nosso apoio é confidencial e gratuito.

A nossa intervenção é especializada em violência sexual, trauma, nas consequências que teve na sua vida e na forma como os homens lidam com este tipo de situações. O nosso objetivo é que possa retomar o controlo da sua vida e que possa vivê-la livre das consequências do abuso.

Continua com dúvidas?

Não se preocupe, é perfeitamente natural.

Muitos homens questionam-se: “Será que a minha história foi mesmo de abuso sexual?” ou se “Valerá a pena remexer no passado?”. Queremos que saiba que é natural que tenha estas e outras preocupações. Também é uma realidade que muitos homens que foram vítimas de violência sexual não conseguem encontrar as palavras para exprimir o que sentem.

Por vezes só é possível escrever “Preciso de ajuda, mas não sei por onde começar”. Não se preocupe se é este o seu caso.

Antes de nos contactar, pode ler primeiro a secção das Perguntas Frequentes, onde apresentamos várias das questões que os homens sentem e que nos colocam. O objetivo é ajudá-lo a organizar os seus pensamentos e ideias sobre eventuais dúvidas ou hesitações, reforçando a ideia de que não está sozinho.

 

Se tiver alguma pergunta que deseje colocar ou que não viu aqui representada, pode contactar-nos através do apoio@quebrarosilencio.pt ou 910 846 589.

Leia os testemunhos de outros homens

Se desejar pode ler testemunhos de homens que procuraram o nosso apoio e que hoje vivem livres do impacto que o abuso teve nas suas vidas. São homens que passaram por momentos de dúvida, incerteza e confusão.

No entanto, após terem apoio da Quebrar o Silêncio ultrapassaram os vários obstáculos consequentes de uma experiência traumática de violência sexual.

Esperamos que um dia também possa partilhar o seu testemunho.

Leve o tempo que necessitar

Se não se sentir preparado para nos contactar neste momento, o nosso site também é uma ferramenta de informação.

Nele pode:

Acima de tudo, queremos que se sinta num ambiente seguro. Para nós é fundamental que cada homem saiba que o seu tempo é respeitado em todos os momentos.

Leve o tempo necessário para nos conhecer e sentir-se confiante para nos contactar.

Procuro ajuda para alguém

A violência sexual afeta não só os homens e rapazes que sofreram esse abuso, mas também quem lhes é mais próximo.

Muitas vezes, amigos, familiares e cônjuges passam por emoções, pensamentos e sentimentos confusos e que pode afetar a própria dinâmica da sua relação. A partilha de uma história de violência sexual pode deixar as pessoas mais próximas sem saber o que fazer ou a questionar-se qual será a melhor forma de ajudar o sobrevivente.

 

Como pode apoiar um homem vítima de abuso sexual?

Quando uma pessoa se relaciona com um homem sobrevivente é natural que se questione sobre qual a melhor forma de o apoiar. Todavia, é importante estar estável para o fazer. Sugerimos que possa refletir sobre se os seus sentimentos e emoções poderão influenciar a forma como se relaciona com o sobrevivente.

Em média, um homem que tenha sido abusado sexualmente na infância demora mais de 20 anos a partilhar a sua história. Tenha isso em mente sempre que ele partilhar algo consigo e que é essencial respeitar o tempo do homem sobrevivente. 

Não force a partilha, nem puxe por assuntos que podem ser desconfortáveis ou dolorosos para o sobrevivente. Por vezes, demonstrar que está disponível para escutar e conversar pode ser o suficiente. 

Lembre-se de que, aquando do abuso sexual, é retirado o poder e controlo à vítima, pelo que é essencial que o homem sinta que está em controlo quando partilha a sua história. Não partilhe com outras pessoas o que ele lhe confidenciou. Mesmo que elas sejam familiares, a decisão e a partilha deverá ser sempre do sobrevivente.

Se conhece um homem que é sobrevivente de violência sexual e está com dificuldades em apoiá-lo ou em lidar com a situação, contacte-nos através da linha de apoio 910 846 589 ou do e-mail apoio@quebrarosilencio.pt.

 

Por que razão os homens não contam a sua história de abuso?

Para um homem partilhar a sua história de abuso sexual é um risco pois não sabe como a outra pessoa receberá essa informação, mesmo que seja alguém da própria família, uma pessoa amiga ou da sua confiança. Há casos em que até as pessoas mais próximas reagem com descrença, desvalorização, troça ou negam essa partilha. 

 

Estes são apenas alguns dos motivos que contribuem para não partilhar:

  • Medo de que a outra pessoa não acredite em si e na sua história.
  • Receio de que a partilha vá afetar a relação com a outra pessoa (ex: casamento, familiares).
  • Ser recebido com descrença e juízos de valor.
  • Medo de ser questionado e interrogado pelo que lhe aconteceu.
  • Sentimentos de vergonha e culpa.
  • Descrença em si próprio.
  • Não saber explicar o que aconteceu e não encontrar as palavras certas.
  • Não ter a força necessária para expressar aquele evento ou eventos traumáticos.
  • Acreditar que teve responsabilidade no que aconteceu.
  • Experienciar sentimentos de raiva e nojo.
  • Sentir-se isolado ou envergonhado pelo que aconteceu.

 

O que dizer e o que não dizer?

Partilhar este “segredo” é um ato de coragem, de força e que marcará a vida do sobrevivente homem. É fundamental valorizar este ato e mostrar que não está sozinho. Tenha isso em mente quando ouvir e responder ao que ouve.

 

O que pode dizer

 

  • Obrigado por confiares em mim.
  • Acredito em ti.
  • O que posso fazer para te apoiar?
  • A culpa não foi tua.
  • Lamento que isso tenha acontecido.
  • Estou aqui para te apoiar e ajudar-te a ultrapassar isto.
  • Os teus sentimentos e pensamentos são normais.
  • Não há receitas sobre o que possas estar a sentir e pensar.

 

Evite dizer “Tens de procurar apoio.” ou “Deves denunciar”. “Deves” e “Tens” implicam obrigação e são imposições de quem as profere. Sugerimos que pergunte “O que posso fazer para te apoiar?”. Esta pergunta permite ao homem sobrevivente ter o controlo da conversa e deixar que seja ele a determinar o rumo da mesma.

 

Evite dizer

 

  • Como é que alguém te pode ter feito isto?
  • Podia ter sido pior. Há casos piores.
  • Não és o culpado, mas devias ter tentado evitar ou fugir.
  • Porque demoraste tanto tempo para contar?
  • Tens sorte de não ter acontecido algo mais grave.
  • Isso já aconteceu há tanto tempo, agora tens de te focar no presente.
  • Será que foi mesmo assim que aconteceu? 
  • Eu compreendo exatamente aquilo por que estás a passar.
  • Tenta que isso não te afete tanto.
  • Não poderás estar a fazer confusão?
  • Quem foi?
  • Como é que foste abusado?
  • Agora também tens inclinações para abusar?

 

Questões como “Quem foi?” ou “Como é que foste abusado?” podem fazer com que o homem reviva certas memórias do abuso e levar à revitimação. Cada sobrevivente partilha o que deseja e apenas quando se sentir preparado. 

Evite perguntas que transmitam culpabilização e responsabilização pelo abuso. O único responsável e culpado é quem abusa, nunca a vítima. 

 

Quando família e amigos também precisam de apoio

Se é familiar ou convive com um sobrevivente e está com dificuldades em lidar com a situação ou compreender o que está a acontecer, considere procurar apoio. É importante que as pessoas que se relacionam com um homem sobrevivente se sintam apoiadas durante o processo de recuperação e que não comecem a sentir-se afetadas pelo que está a acontecer.
Na Quebrar o Silêncio também prestamos apoio para pessoas que se encontrem nesta situação. Contacte-nos através do telefone 910 846 589 ou do e-mail apoio@quebrarosilencio.pt.